O que são indicadores de Cultura e por que eles são importantes?
Aferir o impacto da Cultura no contexto do desenvolvimento social sempre foi um grande desafio para instituições e agentes culturais. Com o objetivo de ajudar a suprir essa demanda, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que historicamente traz contribuições conceituais e metodológicas sobre o assunto, lançou em 2019 o Cultura 2030, documento desenvolvido ao longo de dois anos em conjunto com uma série de especialistas.
Composto por 22 Indicadores, que compreendem quatro dimensões-chave, o documento mostra como a Cultura é transversal a 14 dos 17 dos ODS da ONU. Alguns estudiosos, contudo, interpretam que os três objetivos excluídos (Erradicação da Pobreza, Saúde e Bem Estar e Energia Limpa e Acessível) também estão profundamente ligados ao conceito de Cultura. Logo, ela atenderia a todos os requisitos propostos pela agenda global.
As quatro dimensões propostas pelo material são:
- Ambiente e resiliência: primordialmente voltado para iniciativas realizadas no ambiente urbano;
- Prosperidade e recursos: com foco em economia inclusiva;
- Conhecimento e competências: desenvolvimento educacional de forma multidimensional;
- Inclusão e participação: democracia e cooperação
O documento “Cultura 2030” é considerado um importante impulso para a manutenção e fortalecimento do setor por comprovar (por meio de metodologias quantitativas e qualitativas) de que maneira a Cultura e o desenvolvimento estão relacionados, se influenciam e se enriquecem mutuamente. Além disso, fornece um guia de ação para governos, sociedade civil e iniciativa privada sobre o tema.
Somando esforços nesta mesma direção, em 2020 foram criadas a Estratégia Ibero-americana de Cultura e Desenvolvimento Sustentável e o Fundo Ibero-americano de Garantias Recíprocas para as Indústrias Culturais e Criativas, duas iniciativas aprovadas durante a XXVII Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo para conter os danos ao segmento provocados pela pandemia da Covid-19.
Desenvolvida pela Secretaria-Geral Ibero-americana, em coordenação com a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com contribuições de trabalhadores da cultura, especialistas, entidades de cooperação cultural, ministérios de Cultura e diversos atores culturais de toda a Ibero-América, a Estratégia Ibero-americana de Cultura e Desenvolvimento Sustentável alinha as políticas públicas culturais vigentes nos países da região ao cumprimento dos ODS da Agenda 2030.
A proposta, única no mundo com essas características, contempla áreas como cidadania cultural, institucionalidade cultural, dimensão econômica e meio ambiental da cultura. A Tatu Cult é uma das empresas com foco em cultura que utilizam o documento como guia na sua atuação, não apenas pela base teórica e instrumental do conteúdo, mas também por ressaltar a Cultura como promotora do desenvolvimento, respeitando especificidades históricas, sociais e econômicas de cada país e estimulando a formulação de redes de cooperação.
Já o Fundo Ibero-americano de Garantias Recíprocas para as Indústrias Culturais e Criativas ajuda pequenas e médias e empresas e empreendedores da área da Cultura a obterem crédito e terem liquidez para desenvolver seus projetos, gerar emprego e contribuir com a economia. A proposta também visa auxiliar na resolução de outros problemas do setor que ficaram mais evidentes durante o período da pandemia, como o atraso no processo de digitalização das atividades e a informalidade, por exemplo.
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Links:
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000371562
file:///C:/Users/jorge.santana/Downloads/EICDS-2022_SEGIB_v01-PT_Baja.pdf